21 mar Entenda as diferenças do uso de polipropileno e ABS na indústria de móveis
Seja cadeiras e mesas na sua área de lazer, nos estádios de futebol, na sala de jantar ou em um simples armário de cozinha, os materiais plásticos estão cada vez mais presentes na indústria moveleira.
Além de poder contribuir com o meio ambiente, o uso do plástico para a fabricação de móveis reflete em ganho de competitividade, seja em designs cada vez mais arrojados, de peças com maior durabilidade, na confecção e repetibilidade de produtos, no impacto positivo em relação a novas possibilidades e tendências de moda, ou seja, atingindo clientes cada vez mais exigentes.
Atualmente, três tipos de materiais praticamente predominam neste setor: o Polipropileno, o ABS e o Policarbonato. No entanto, os dois primeiros se destacam. Para você conhecer as principais características deles, preparamos este post com uma explicação didática e funcional. Confira!
Veja como o plástico se tornou um aliado da indústria de móveis
Apesar do domínio da madeira na indústria moveleira, os polímeros vêm ganhando cada vez mais espaço motivados também por avanços nos desenvolvimentos de novas resinas e aditivos, na versatilidade que estes materiais possibilitam para os transformadores e consequentemente para o cliente final.
Uma destas possibilidades é a transformação por injeção, exemplo este com possibilidades de fabricação de produtos com variados tamanhos e designs inovadores.
Com isto, o material plástico, é indispensável na produção de móveis de todos os tamanhos e modelos, atendendo cada vez mais as necessidades do mercado, respeitando tendências e abrindo um leque de possibilidades e ideias, principalmente aos que valorizam designs criativos e funcionais — evolução esta que só é possível em razão do uso compartilhado com as resinas disponíveis no mercado.
Dessa maneira, fabricam-se produtos mais leves, com maior durabilidade e com formas e estilos atendendo novas tendências, decorações e referências que os consumidores buscam, facilitando ainda mais o transporte e instalação. Por isso, os móveis modulados estão explorando com intensidade a produção de peças com plásticos, evitando a umidade e outros problemas que eram comuns no caso da madeira, como cupins.
Conheça as características do polipropileno e ABS
O Polipropileno (PP) é um termoplástico semicristalino (considerado reciclável podendo ser moldado diversas vezes.) derivado do propeno ou propileno, com um custo relativamente baixo e de fácil processamento. É um material considerado commodities (de uso comum) porém através de métodos específicos, como co-polimerização e aditivação o mesmo poderá substituir até materiais “ditos” de engenharia.
Através de sua versatilidade o mesmo poderá abranger uma enorme gama de possibilidades de utilização, desde produtos soft touch a elevadas resistências mecânicas, quando incorporados fibras de vidro, por exemplo.
Ele pode ser identificado em produtos através da marca do símbolo triangular de reciclável com um número “5” por dentro e as letras “PP” por baixo. A sua forma molecular é (C3H6) n.
É uma resina de relativa baixa densidade, com um bom equilíbrio entre propriedades, químicas, mecânicas térmicas e elétricas.
Possui propriedades muito semelhantes às do Polietileno (PE), mas com ponto de fusão mais elevado.
Já o ABS é um copolímero amorfo formado pela composição química entre Acrilonitrila, Butadieno e Estireno (Acrylonitrile Butadiene Styrene), explicando a origem das siglas do seu nome. Cada monômero possui propriedades específicas tornando-se possível a formulação de diferentes tipos de ABS e consequentemente diferentes aplicações e produtos. Sua fórmula molecular é (C8H8·C4H6·C3H3N) n.
O ABS é uma resina bastante utilizada na indústria de maneira geral e é considerado um polímero de Engenharia devido a suas características específicas em relação a qualidade visual, mecânicas (resistência a impacto, resistência a abrasão e rigidez) térmicas e elétricas.
Uma vantagem do ABS é a combinação da força e rigidez (proveniente da Acrilonitrila e do Estireno) com a resistência mecânica (oriundo da borracha do Polibutadieno). Outra vantagem é por se tratar de um polímero Amorfo, confere aos produtos finais, qualidade visual superior, possibilitando desde transparência elevada até produtos com cores vibrantes e vivas quando incorporado pigmentos e masterbatches.
Em relação aos móveis, ambos estão muito presentes na fabricação de mesas, cadeiras, assentos, banquetas, gavetas, painéis, dispensers, prateleiras, baús, móveis para piscinas, decks, bancos de praça, entre outros produtos.
Aprenda o que difere o polipropileno do ABS na indústria de móveis
No momento da escolha sobre qual é a melhor opção de material para a produção de um produto no setor de móveis, é necessário levar em consideração vários critérios que podem fazer uma grande diferença, como custos, qualidade visual, nicho de mercado e aplicabilidade.
Geralmente, os produtos confeccionados com ABS se destacam em razão de suas características específicas e por ser uma resina de engenharia. No entanto, o custo consequentemente é maior. Dessa maneira, uma cadeira, por exemplo, destaca-se em relação ao acabamento e também na qualidade final, principalmente em razão da maior translucidez e brilho, e acaba-se comprometendo diretamente em razão ao seu processamento e comparado com um produto mais popular e de menor valor agregado, por exemplo.
No caso do Polipropileno, trata-se de uma resina semicristalina (menor transparência e brilho em relação ao ABS) de fácil incorporação de aditivos e cargas, reduzindo significativamente os custos de fabricação sem perder características mecânicas mínimas necessárias, atendendo um mercado exigente, com uma forte concorrência em se tratando de preços a serem praticados nos produtos finais.
Em termos gerais, tanto o ABS quanto o Polipropileno podem ser utilizados em produtos na indústria de móveis, levando-se em conta as devidas diferenças entre os mesmos, suas características e as necessidades de cada produto, sem esquecer de se atentar qual o mercado que estes produtos finais serão incorporados e consequente sucesso.
Dessa maneira, podemos dizer que os dois tipos de materiais, o ABS e o Polipropileno são ideais para a fabricação de móveis e atendem às diferentes necessidades de cada cliente / mercado.
Descubra as diferenças dos plásticos na produção de cadeiras
A primeira dica para quem pretende produzir cadeiras com um dos dois tipos de plástico é ficar atento ao público-alvo a ser atingido. Isso porque as peças com ABS são mais elitizadas e podem ganhar um toque “gourmet”, dando mais sofisticação ao produto.
As cadeiras em Polipropileno geralmente são moldadas já na cor final, enquanto em ABS existe a possibilidade de as mesmas serem produzidas transparentes e/ou translúcidas. A resina em ABS ainda proporciona a possibilidade de pigmentação, com um aspecto de qualidade visual superior, enquanto em Polipropileno, além de atender as normas reguladoras (INMETRO, por exemplo) contam com forte tendência em uso de materiais reciclados, reduzindo ainda mais a margem de custos, consequentemente aumentando o poder de negociação.
Por isso, o ideal para indústrias de móveis é optar pela possibilidade de uso do Polipropileno e/ou ABS, tendo em vista que existem nichos de mercado para ambos os plásticos.
Como deve ser o futuro do plástico para a fabricação de móveis
Sabendo-se que cada vez mais o setor moveleiro está de olhos focados para os materiais plásticos, a tendência é que resinas como o Polipropileno e ABS estejam cada vez mais presentes nos lares das famílias brasileiras.
No caso das empresas transformadoras, vale enfatizar que existe o respeito às normas legais e ambientais. Inclusive, a reciclabilidade anda fazendo parte do compromisso de vários projetos, endossando tecnologia com designs arrojados, tendências altamente modernas, com o aspecto de sustentabilidade e logística reversa / ciclo fechado.
A dica aos empresários do setor de móveis é que busquem parceiros que contam com credibilidade e que saibam realizar os processos de transformação com consciência ambiental em respeito aos órgãos reguladores, com seriedade e compromisso pré-definido.
Observar se o fornecedor tem uma equipe técnica especializada, com o objetivo de garantir materiais com qualidade diferenciada ao consumidor final. Analisar também a tecnologia empregada nos processos e o know-how em relação ao descarte consciente, ou seja, trata-se de uma parceria duradoura que merece comprometimento de ambos os lados.
No mais, o plástico para a fabricação de móveis é uma tendência que veio para ficar e certamente terá vida longa tanto no Brasil como a nível mundial.
E a sua empresa, quer produzir móveis com plásticos? Então entre em contato com a nossa equipe e veja como podemos lhe ajudar.
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