04 jul Gestão da qualidade total: por que e como aplicar na indústria?
Algumas palavras vão perdendo seu significado de tanto serem usadas. Esse é o caso do termo “qualidade”. Qualquer empresário sabe que deve considerar a gestão da qualidade total em seu negócio, mas a maioria não entende como fazer isso.
O problema é que, quando isso ocorre, o empreendimento até faz investimentos para aperfeiçoar a qualidade de seus produtos ou serviços, mas sem uma estratégia eficiente esse capital acaba sendo desperdiçado, e as melhorias não são alcançadas.
Para evitar que isso ocorra com o seu empreendimento, decidimos publicar um artigo para ajudá-lo a entender o que deve ser feito para alcançar uma gestão da qualidade total eficiente. Vamos lá?
A gestão da qualidade total é uma novidade?
Desde o início das atividades industriais, as fábricas perceberam a incidência de falhas em seus processos de produção. Sendo assim, algumas delas decidiram designar um funcionário para verificar e separar os produtos defeituosos dos demais.
Perceba que não estamos falando de serviços, pois nessa etapa da história o foco era a produção de peças e ferramentas.
Surge, então, o fiscal da fábrica. Esse trabalhador não atua na produção, mas conhece o produto a ponto de identificar uma peça defeituosa e impedir que ela chegue até o consumidor.
Isso é importante por dois motivos: o primeiro deles é evitar o retrabalho, já que esse item não voltaria para a fábrica para receber algum tipo de assistência. Em segundo lugar, a imagem da fábrica era preservada, evitando crises devido à insatisfação de clientes irritados.
Esse tipo de cuidado poderia ser ainda mais necessário quando o cliente final era outra empresa (B2B). Vamos contextualizar isso para os dias de hoje: as montadoras de automóveis terceirizam a produção de muitas peças para outras empresas.
Todavia, caso o cliente ou alguma fiscalização governamental identifique qualquer falha, será a marca final que terá a imagem arranhada. Com esse exemplo, já entendemos a necessidade da gestão da qualidade total, não é verdade?
Existe análise de informação na gestão da qualidade total?
Sempre que falamos em análise de dados, é natural que imaginemos que esse processo surgiu apenas depois da invenção dos computadores, não é mesmo? É verdade que essa tarefa se tornou muito mais simples de ser realizada com eles, mas no passado, ainda na década de 1930, ela já tinha sido incorporada à gestão da qualidade total.
Lembre que, no começo, existia um fiscal para separar os produtos defeituosos daqueles que estavam bons. O problema é que, naquela época, os empresários não tinham certas informações como alguns dados importantes, como a porcentagem de peças com problemas ou quais eram os tipos mais comuns de falhas.
Por isso, o segundo passo no aperfeiçoamento da gestão da qualidade total foi incorporar relatórios e estudos para quantificar esses erros porque, com essas informações, seria mais simples corrigi-los.
Note que essa ideia ainda é útil para os negócios. Na verdade, com o avanço dos softwares de gestão de processos, esse tipo de estudo ficou muito mais simples de ser feito e as informações fornecidas ficaram muito mais precisas.
Ademais, é a partir desse período que surge a amostragem por lote e outras técnicas para verificar os produtos e evitar que os defeitos sejam percebidos pelo cliente.
O custo com gestão da qualidade total importa?
Ainda no século XX, as empresas perceberam que não dava para investir grandes quantias na gestão da qualidade total, pois isso poderia inviabilizar o negócio, tornando o processo de produção muito caro.
Além disso, abandonar essas técnicas era inviável, uma vez que elas trouxeram resultados importantes para as empresas. Estudiosos do setor perceberam, então, que a maneira mais econômica para aumentar a qualidade dos processos era deixar de isolar os setores de gestão da qualidade total.
Até então, as empresas tinham profissionais que ficavam deslocados do processo de produção, atuando como fiscais internos. Essa ideia ainda é usada em muitos negócios e pode trazer alguns resultados positivos.
Acontece que, normalmente, esses setores são compreendidos de forma negativa pelos outros profissionais. É como se existissem duas empresas dentro do mesmo empreendimento: um que produz e outro que fiscaliza.
Assim sendo, ficou claro que era melhor incorporar a gestão da qualidade total a todos os processos do negócio, criando o conceito de “fazer certo da primeira vez”. A tolerância com os erros cai consideravelmente, e combatê-los passa a ser um objetivo das empresas.
Até agora, você aprendeu as três principais fases da gestão da qualidade total (todas aperfeiçoadas no século passado). Agora, é hora de ver alguns exemplos.
Como aplicar gestão da qualidade total na sua empresa?
A partir do momento em que o seu negócio entende o conceito de qualidade e passa a buscá-lo, fica fácil aperfeiçoar alguns processos simples.
Contratação de profissionais
Uma maneira simples de evitar erros é contratar colaboradores adequados para o posto de trabalho. Por isso, não subestime o seu RH e faça com que a análise de currículos, as entrevistas de emprego e outras etapas da contratação sejam feitos de forma correta.
Treinamento dos colaboradores
É comum que as pessoas fiquem confusas em seus primeiros dias de trabalho. Por isso, garanta que os seus profissionais recebam um treinamento adequado e sejam orientados na fase de adaptação.
Incentive a gestão da qualidade total
Crie programas de incentivo para que os diversos setores da sua empresa se esforcem para alcançar a redução de falhas e melhorem a qualidade de suas tarefas.
Troque técnicas e equipamentos obsoletos
Talvez exista uma forma mais eficiente de produzir os seus produtos. Será que não é o momento de investir na troca de máquinas ou modificar a maneira como alguns processos são desempenhados?
Como vimos, a gestão da qualidade total é uma maneira de se alcançar a eficiência, melhorar a imagem de um negócio e ajudá-lo a ter resultados financeiros melhores. Por isso, é hora de parar de banalizar a palavra “qualidade” e passar a buscá-la de forma concreta.
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