21 fev Previsões econômicas para 2019: fique por dentro do mercado!
No início de 2018, as perspectivas para a economia brasileira eram otimistas. Havia uma projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), as reformas estavam caminhando e a inflação seguia sob controle. No entanto, vários acontecimentos ao longo do ano mudaram esse cenário e as projeções otimistas não se concretizaram. Felizmente, as previsões econômicas para 2019 estão favoráveis.
Na avaliação do mercado, em 2019, o PIB deve crescer entre 2% e 2,5% e a atividade econômica poderá se recuperar da crise que vem afetando o país. No entanto, ainda existem incertezas em relação às decisões do novo Governo. Para os analistas econômicos, sem as reformas, o Brasil poderá continuar patinando.
Quer saber mais sobre as previsões econômicas para 2019? Continue a leitura e veja o que pode mudar no país e como isso vai se refletir em seus negócios.
Saiba por que as projeções de 2018 não se concretizaram
No início de 2018, as perspectivas dos analistas econômicos eram otimistas. A previsão de crescimento do PIB era de 3%, as reformas Trabalhista, Tributária e da Previdência estavam sendo discutidas e a inflação controlada. O mercado acreditava que haveria uma retomada de confiança no país com aumento dos investimentos e redução do desemprego.
De fato, entre os meses de janeiro e abril de 2018, a economia do Brasil manteve o ritmo, mesmo com o aumento de juros nos Estados Unidos que aconteceu a partir de dezembro de 2017. No entanto, depois de abril, vários acontecimentos internos comprometeram o cenário econômico e político, e o resultado disso é que o PIB do ano deve ficar em 1,3%, ou seja, menor do que a metade do índice projetado inicialmente.
Veja o que prejudicou o desempenho da economia:
- o aumento gradativo das taxas de juros nos EUA e o risco de potenciais conflitos com a China levou à alta do dólar e das commodities, em especial do petróleo;
- a elevação do preço do diesel, como reflexo da alta do dólar e do barril de petróleo, trouxe como consequência a greve dos caminhoneiros, que deixou o país em pane seca na última semana de maio;
- o movimento levou o Governo a alterar o modelo de precificação dos combustíveis, até então adotado pela Petrobras, instituindo uma política de subsídios, além de mexer nas tabelas de frete. Porém, a forma como o conflito foi conduzido foi alvo de duras críticas;
- um processo eleitoral conturbado e polarizado entre duas vertentes opostas, sem a discussão sobre as medidas efetivas que cada candidato adotaria para combater a crise econômica, centralizou as atenções e dividiu a população.
Após as eleições, a situação começou a se acalmar, uma vez que o mercado considerou que o candidato eleito, Jair Bolsonaro, tem visão mais liberal do que seu principal opositor e está mais alinhado com a necessidade das reformas para que a economia do país volte a caminhar.
Além desse aspecto, nos últimos meses do ano os preços do petróleo começaram a cair, ficando em torno de US$ 50 o barril do tipo Brent, e o dólar se estabilizou.
Embora a queda do preço do petróleo sempre demore um pouco mais para chegar aos consumidores, em função de tributos e particularidades do mercado brasileiro — como a adoção de biocombustíveis aos combustíveis fósseis —, a redução também trouxe alívio para o setor de logística. Com tudo isso, o mercado inicia 2019 com esperança e prevendo um cenário mais tranquilo para o Brasil.
Fique por dentro das previsões econômicas para 2019
Considerando que o novo Governo consiga apoio para aprovar as reformas, o panorama para 2019 é promissor. O ambiente externo é positivo, os preços de energia e os juros estão mais baixos e a economia chinesa está em crescimento.
Confira, portanto, as principais tendências para a economia, apontadas pelo Boletim Focus, do Banco Central.
Inflação
A previsão é de que a inflação fique menor em 2019. Em 2018, o índice atingiu 3,69%, e a expectativa para o próximo ano é de 4,03%. Na verdade, a meta central para o período que vem é de 4,25%, com um intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Emprego
A expectativa para o ano que vem é de queda no nível de desemprego. Ainda assim, as previsões apontam para 12 milhões de desempregados em 2019.
PIB
A taxa de crescimento em 2019 deve ficar entre 2% e 3%, possivelmente seguindo esse ritmo até o ano e 2022.
Câmbio
A previsão do câmbio é de que, na média anual, o dólar fique entre R$ 3,50 a R$ 3,80.
Energia
Para o mercado de petróleo, os analistas estimam leve alta em 2019, com o preço do barril entre US$ 60 e US$ 70.
Taxa de juros
A previsão para a taxa de juros, a Selic baixou de 7,50% para 7,25% ao ano, no fim de 2019. No fim de 2018, o índice estava em 6,50% ao ano, no mínimo valor histórico.
Balança comercial
O saldo da balança comercial — resultado da subtração do volume de importações do total de exportações — em 2018 ficou positivo, em US$ 57,75 bilhões. Para 2019, o superávit deve alcançar os US$ 53,4 bilhões.
Aumento da atividade industrial
Para os analistas o crescimento industrial deve ser sustentado proporcionalmente ao aumento do consumo. Conforme relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a previsão é de que a ampliação dos investimentos interanuais atinja 2,9%, e as exportações 8,2%. Por segmento, o Ipea projetou um crescimento de 2,4% para a indústria, 1,5% para o setor de serviços e 2,5% na agropecuária.
Na avaliação do instituto, as incertezas em relação ao desequilíbrio das contas públicas e acerca da adoção de medidas para destravar os investimentos em capital produtivo e em infraestrutura contribuem para que o ritmo de crescimento não seja mais intenso.
A questão fiscal é considerada o maior desafio do novo Governo, e o desempenho econômico está fortemente relacionado à necessidade de políticas que tornem possível conter os gastos públicos. Além disso, a reforma da Previdência é vista como essencial para a recuperação das contas públicas do Brasil.
Considerando um cenário em que prevaleça o comprometimento com o ajuste das contas públicas, as previsões econômicas para 2019 são positivas e mostram que o país está no caminho para superar a crise. Isso mostra boas perspectivas para a indústria retomar seus investimentos e voltar a crescer.
Porém, vale ficar de olho e acompanhar de perto se de fato as previsões econômicas para 2019 estão se concretizando. Assine nossa newsletter para receber diretamente em seu e-mail todas as informações importantes para o mercado!
Desculpe, os comentários estão fechados neste momento.